Evolução de forma clara e cronológica:

 

1. Antiguidade e métodos rudimentares

             Há séculos, varizes já incomodavam. Textos médicos antigos, como os de Hipócrates (século IV a.C.), sugeriam compressas, bandagens ou até cauterização com ferro quente para "queimar" as veias. Era doloroso, arriscado e pouco eficaz.

 

2. Cirurgia tradicional (século XIX e XX)

             No final do século XIX, começaram as primeiras cirurgias para remover varizes, como a flebectomia (retirada manual das veias). Depois veio a safectomia, que remove a veia safena inteira com cortes na perna e virilha.

              Prós: Resolvia casos graves.

              Contras: Anestesia geral, internação, cicatrizes grandes, recuperação longa (semanas) e risco de infecção.

 

3. Escleroterapia (década de 1920 em diante)

              Introduziram a escleroterapia química: injetar substâncias (como solução salina ou hoje em dia espuma) pra irritar e fechar as veias menores.

              Evolução: Passou de líquidos agressivos para espumas mais seguras e guiadas por ultrassom.

              Limitação: Melhor pra varizes menores ou "vasinhos", menos eficaz em veias grandes.

 

4. Chegada do laser e tecnologias endovasculares (década de 1990-2000)

              O laser endovenoso (EVLT - Endovenous Laser Treatment) surgiu nos anos 90 como alternativa à cirurgia. Uma fibra óptica é inserida na veia (geralmente a safena), e o calor do laser (controlado por comprimentos de onda, como 810 nm ou 1470 nm) fecha a veia de dentro pra fora.

              Por que foi um salto? Minimamente invasivo, feito com anestesia local, sem cortes grandes, recuperação em dias e taxa de sucesso alta (acima de 90%).

              Paralelo: A radiofrequência (outra técnica térmica) também apareceu na mesma época, com princípio similar.

 

5. Aperfeiçoamentos modernos (2010 em diante)Tecnologia:

              Fibras de laser mais finas e comprimentos de onda ajustados pra menos dor e mais precisão. Ultrassom em tempo real virou padrão pra guiar o procedimento.

              Novas opções: Técnicas como MOCA (ablação mecânico-química) e cola venosa (usando cianoacrilato) surgiram, mas o laser segue como um dos mais usados por custo-benefício e disponibilidade.

              Personalização: Hoje, o tratamento é escolhido conforme o tamanho e estado das veias, com o laser sendo ideal pra veias maiores e profundas.

 

Por que o laser é destaque na evolução?

              Antes, ou você cortava tudo (cirurgia) ou tratava só o superficial (escleroterapia). O laser trouxe o meio-termo: tratar veias maiores sem abrir a perna, com menos riscos e mais conforto. É o resultado de décadas de busca por algo eficaz e prático.